quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Esmalte da semana - Charminho lilás

charmosa1 Coleção Penélope Charmosa   Risqué

Não tinha usado nenhum ainda, hoje eu passei  Charminho lilás...

charmosa3 Coleção Penélope Charmosa   Risqué


Com certeza o grande diferencial desta coleção é a embalagem, mas as cores também são lindas e bem vivas.

1 – Renda Charmosa - Ultra Gloss – Como o próprio nome diz, está cor é um rendinha, bem clarinho com um leve toque rosa e brilhos.
2 – Momento Penélope - Ultra Cremoso – lindo tom de pink, a cor é bem viva, fica bonito com duas camadas, mas muito mais bonito com 3.
3 – Penélope Charmosa - Ultra Cremoso – está é a minha cor preferida, um rosa mais escuro, maravilhoso, deixa as unhas bem em evidência sem ser "chegay", também pode ser usado com 2 ou 3 camadas.
4 – Atitude Pink -  Ultra Cremoso – pink com um toque de vermelho, muito bonito também, mas eu recomendo usar com 3 camadas.
5 – Pink Vigarista - também é um rosa com toque de vermelho, a cor fica bem clarinha com 2 camadas, também indico passar 3.
6 – Armadilha Rosa - Ultra Cremoso – diria que é um rosa "queimado", pois não é pink, fica bonito com 2 camadas, mas recomendo passar 3 também.
7 – Charminho Lilás - Ultra Cremoso – essa cor é uma coisa fofa, parece Danoninho de uva, linda, com 3 camadas fica perfeito.
8 – Apuro Violeta - Metálico – roxinho bem escuro com um leve toque metálico, leve mesmo, rs, recomendo 3 camadas, pois com duas obtive um resultado cheio de manchas.

Bom, está é apenas uma pequena resenha das cores, só para matar a curiosidade de vocês, mas podem apostar que muitas destas cores ainda vão aparecer "super produzidas" e com muito mais detalhes no "Esmalte da Semana", aguardem!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Morreram jovens... Parte II



Marilyn
Monroe
A deusa que foi vítima da própria famaA glória não alimenta a alma. É como caviar:
bom, mas não todos os dias da semana
 

(1926•1962)
Foi apenas uma cena, mas ela tornou-se um dos registros mais famosos de Marilyn Monroe. No filme O Pecado Mora ao Lado, o ar de uma tubulação levanta a ampla saia plissada e branca da atriz, revelando um par de pernas esculturais e uma calcinha típica dos anos 50. Linda e loira, com a boca aberta e um olhar entre o maroto e o doce, Marilyn já encarnava a mulher que iria se transformar no maior mito sexual do século XX. Estampada em jornais e revistas de todo o mundo, a foto teria causado o fim de seu segundo casamento, com o jogador de beisebol Joe DiMaggio, em 1954. Apenas mais uma frustração na história da atriz, que teve contínuas provações afetivas em seus 36 anos de vida. Conhecida como o anjo do sexo, foi na verdade uma criança abandonada. Nunca conheceu o pai, e mal conviveu com a mãe. Quando chegou à adolescência, já havia morado em vários internatos. O casamento com James Dougherty, aos 16 anos, foi sua primeira escapada. A partir daí, sua vida começou a mudar. Como modelo, despertou a atenção dos chefões de Hollywood.
Em 1953, Marilyn mudou-se para Nova York para estudar e casou-se com o dramaturgo Arthur Miller. A relação chegou ao fim em 1961, durante as filmagens de Os Desajustados, de Miller. Dependente de soníferos e álcool, a atriz não conseguia cumprir os horários. Era o prenúncio da fase final da estrela, que um ano depois deixou um filme inacabado, Something’s Got to Give (1962), e foi encontrada morta em seu quarto. A causa teria sido uma overdose de pílulas para dormir. Mas até hoje a hipótese de assassinato não é descartada. Segundo Don Wolfe, um dos trezentos biógrafos que escreveram sobre Marilyn, Bob Kennedy, irmão de John Kennedy, estava diretamente envolvido na morte da atriz. Wolfe acreditou em evidências como o desaparecimento do diário de Marilyn, no qual havia anotações sobre as ligações de Kennedy com a Máfia e detalhes de seu romance com o marido de Jacqueline. Para o historiador Donald Spotto, a mais explosiva loira do cinema foi morta por seu próprio psiquiatra, Ralph Greenson, por uma forte dose de hidrato de cloral.








Leila Diniz

A revolução pela alegria
"Eu faço qualquer coisa que me dê alegria e
dinheiro, seja Shakespeare ou Gloria Magadan"



(1945 • 1972)
A breve história de Leila Diniz foi como um terremoto a sacudir os usos e costumes da sociedade brasileira – especialmente nos anos 60, quando ela se transformou no maior ícone da liberdade feminina. O mundo ouvia rock’n’roll, o Brasil irradiava a bossa nova e Leila desafiava, enfrentava, estimulava e divertia os brasileiros com atitudes e simbolismo. Como atriz, tornou-se musa do embrionário cinema novo, movimento que propunha o rompimento dos padrões estéticos adotados até então – com base forte no modelo hollywoodiano.
No plano pessoal, desafiava regras que julgava impostas: era capaz de dizer palavrões em público, dar entrevistas em que revelava preferências sexuais ou trocar de namorado sem dar satisfações a ninguém. Em 1969, em entrevista ao jornal alternativo Pasquim, motivou a lei de censura prévia, apelidada de Decreto Leila Diniz, produzida pelo ministro da Justiça, Alfredo Buzaid. “Você pode amar muito uma pessoa e ir para a cama com outra. Já aconteceu comigo”, dizia. Sua imagem mais célebre, de 1971, na qual posou grávida de biquíni, na praia carioca de Ipanema, tinha o ineditismo incômodo que levou-a a ser acusada por feministas de servir aos homens.
A esquerda a considerava artificial e a direita, imoral. Leiluska, como era chamada pelos amigos, saiu de casa aos 17 anos para morar com o cineasta Domingos de Oliveira, que a dirigiu em Todas as Mulheres do Mundo (1966). Mais tarde, casou-se com o também cineasta Ruy Guerra, pai de sua única filha, Janaína. Sete meses depois do nascimento da menina, Leila morreu no acidente aéreo em que o avião da Japan Airlines explodiu perto de Nova Déli, na Índia. A atriz voltava da Austrália, onde participara do Festival Internacional de Adelaide para promover o filme Mãos Vazias. Leila havia antecipado o vôo de volta por causa da saudade que sentia da filha. Mãe devotada, morreu aos 27 anos e deixou um exemplo para sua geração: Leila viveu a vida com autenticidade, espontaneidade, irreverência, alegria e muita paixão.





Olá Solidão


Desabafo de solidão



No silêncio oculto estava a solidão explícita.
É uma droga estar sozinho.
Encontrei a solidão sem nem sequer saber o caminho para o amor.
Tenho medo de me perder.
Mas tenho vontade de saber como é estar assim.
Ser nada pra todos.
E tudo para si próprio.
Seguir sem ter a certeza de que se você errar o caminho,
Alguém vai sentir sua falta.
Ainda assim, deve ser gratificante saber que tudo que fizer volta direta e indiretamente para ti.
E ao mesmo tempo frustrante por não ter ninguém para compratilhar suas vitórias ou derrotas.
Mas a glória de estar sozinho não é maior que a vontade de estar junto.
Decidimante não!

sábado, 25 de setembro de 2010

FRIENDS

Que a série Friends foi um grande sucesso da tv, não é preciso nem comentar. Mas o que aconteceu com os atores do seriado? O que eles fizeram depois do término do programa? Quem se deu bem e quem se deu mal?

Jennifer Aniston: A mais bem sucedida depois do fim do seriado. Estrelou diversas comédias românticas, entre elas: "Marley e Eu", "Quero ficar com Polly" e o recente "Caçador de Recompensas".


Courteney CoxFicou um tempo meio esquecida, estrelou a série dramática Dirt. E recentemente voltou às comédias na série Cougar Town.



Matthew Perry: Durante a série, foi o ator que mais fez filmes no cinema. Depois do término de Friends, fez mais alguns filmes, sendo indicado ao Globo de Ouro por  "A história de Ron Clark". Atualmente anda meio apagado.


Lisa Kudrow: Recentemente fez uma participação especial na série de Courteney Cox, "Cougar Town". Estrelou, produziu e escreveu a série The Comeback, que não emplacou.


Matt Leblanc: Outro que não emplacou depois da série. Estrelou o seriado "Joey", que era basicamente sobre seu personagem em Friends. Durou muito pouco e depois disso não conseguiu muita coisa.



David Schwimmer: Depois do fim de Friends, foi o que menos apareceu. Fez algumas poucas aparições em séries de tv. Também dubla desenhos animados.

Infância dos anos 80 e 90 - terceira parte





Alf O E Teimoso
  

Quem não se lembra de Alf? O nosso ETeimoso favorito. Aquele que passava a vida a querer comer o gato da família, ou aquele sorriso grandioso? Belas tardes de domingo passei a ver Alf. Ahh e belos finais de tarde (quando dava na Sic Mulher, senão estou em erro).
Alf surgiu nos finais da época de 80 (1986/1990) através da NBC e conta a historia de Gordon Shumway, o último sobrevivente do Planeta Melmac.
Alf segue perdido no espaço, quando capta um sinal fraco de um rádio amador. Decide então seguir esse sinal até ao planeta de origem (o planeta Terra). Ao entrar na atmosfera, a nave especial de Alf fica danificada e vai despenhar-se na garagem da família “Tanner”.
Will Tanner ao ver o pequeno Gordon, decide batiza-lo de Alf (Alien Life Form).
Após convencer um oficial do exército americano de que não dão abrigo a nenhuma criatura, a família Tanner decide adoptar Alf como sendo um membro da família.
Após o acolhimento seguem-se várias aventuras e diabruras, estando ALF sempre no centro das atenções, seja a tentar comer o gato da família (os gatos são a sua comida favorita), seja a tentar esconder-se dos vizinhos bisbilhoteiros (os Ochmoneks) ou em meter-se em sarilhos para ajudar o filho mais novo dos Tanners, até a própria família.
Alf marcou uma era na televisão e marcou também a minha infância/adolescência.


Como seriam os heróis dos quadrinhos se ficassem velhos de verdade?

Muitos personagens e heróis dos quadrinhos provavelmente se banham na Fonte da Juventude, afinal nunca envelhecem com o tempo. O Batman, por exemplo, já teria ultrapassado os 70 anos de idade. A Barbie já seria uma cinquentona. Mas que tal imaginar como eles seriam, se envelhecem como nós, meros mortais?

É o que você vai conferir nesta galeria divertida!




Personagens e heróis velhos


Personagens e heróis velhos


Personagens e heróis velhos


Personagens e heróis velhos
Personagens e heróis velhos
Personagens e heróis velhos
Personagens e heróis velhos


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Infância dos anos 80 e 90 - segunda parte

Balão Mágico

"Quem com mais de 25 anos não teve um certo disco de vinil cuja principal música tinha o nome de SuperFantástico e que vinha com um incarte que recortado e colado era posto no pino do disco e quando tocava os desenhos que tinha ficavam animados?"

Turma do Balão Mágico foi uma banda infantil que marcou por demais a infância dos anos 80.Gravaram ríts que até hoje tocam nos barzinhos e festas temáticas.Originou o programa infantil Balão Mágico na Rede Globo (1983-1986). Seus álbuns venderam aproximadamente dez milhões de cópias.






Seus componetes foram
  • Simony (1982-1986) - única integrante que ficou até o final do grupo.
  • Tob (1982-1984) - saiu porque já havia completado 14 anos.
  • Mike (1982-1984) - filho do criminoso britânico Ronald Biggs.
  • Jairzinho (1984-1986) - filho do cantor Jair Rodrigues e que na adolecência fez dupla com Simony e que muitos boatavam um romance entre os dois.
  • Marcinho (Márcio Nasser Medina) (1984-1985) - substituiu Mike.
  • Ricardinho (1985) - substituiu Tob.


A Turma do Balão Mágico fez tanto sucesso que deu origem a um programa infantil produzido pela Rede Globo apresentado pelos mesmos membros do grupo musical e que esteve no ar entre 1983 à 1986. Teve como primeira diretora Rose Nogueira.
O programa sorteava cartas, dava prêmios como brinquedos, mas o seu maior forte era apresentarem desenhos animados e seus sucessos musicais.
A apresentação do programa começou com Simony, Fofão (Orival Pessini) e Cascatinha (Castrinho), logo acompanhados de Tob (Vimerson Cavanillas), Mike (Michael Biggs), Jairzinho (Jair Oliveira), Luciana e Ricardinho.



Antes e depois


Simony



Tob



Mike



Jairzino



Luciana

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A fome de Marina




A FOME DE MARINA
Por José Ribamar Bessa Freire*


Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: “Lula é analfabeto”. Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, “porque ela tem cara de quem está com fome”.
Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.
Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana.
Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.
Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados.
De um lado, reforçam a ideia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política.
A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio.“Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel…/ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!”.
Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.
A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?
O mapa da fome
A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.
Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.
Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.
A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever.
Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.
Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT.
Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.
Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal.
Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.
Tudo vira bosta
Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, “o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta”.
Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - ‘Se Manca’ - dizendo a ela: “Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca”.
Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - ‘Você vem’ - ela faz autocrítica antecipada, confessando: “Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem… e faz piada”. Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: “Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você”.
A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, “ela tem cara de professora de matemática e mete medo”. Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.
Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?
Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, “il péte de santé”.
O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil…
Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.
Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.
(*) Professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ)e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010




Desafie-se a viver a primavera!

 Setembro chegou e com ele a primavera. Vivemos num mundo agitado, violento, e corremos o risco de passar batido por esta que é a mais bela de todas as estações. Viver a primavera é um enorme desafio, especialmente para quem vive nas grandes cidades, no ambiente urbano, nos escritórios fechados, nas fábricas. Desafiar-se a viver a primavera é ampliar as fronteiras da sensibilidade. É prestar atenção às pequenas maravilhas da natureza e à beleza da criação. É agradecer pela saúde e pela vida.




Desafiar-se a viver a primavera é dar boas-vindas à chuva que agora vem para fazer as plantas brotarem. É desafiar-se a plantar uma árvore, a sentir o perfume de uma flor escondida à beira da estrada. É parar para ouvir os pássaros cantando mais felizes e respeitar um ninho improvisado à beira de um telhado. 

Desafiar-se a viver a primavera é diminuir o ritmo frenético do fazer sem pensar e pensar nas coisas definitivas da vida que você deve cultivar - saúde, família, amigos, lembrando que só assim você terá sucesso nas coisas transitórias. 

Desafiar-se a viver a primavera é respeitar mais os colegas de trabalho. É cuidar da segurança, fazer as coisas com maior atenção aos detalhes e comprometer-se com o sucesso de seus clientes internos e externos.


Aproveite, pois, a primavera para ajudar o mundo em que vivemos tornar-se mais humano, mais fraterno, mais respeitoso. A natureza, com certeza, fará a sua parte. Ela nos dará muitos motivos para que assumamos esse desafio. Agora é nossa vez.